terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lapidação - É contra os Direitos Humanos

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte no Ião por apedrejamento, não foi executada no dia 3 de Novembro. "É o resultado de um clamor público o fato de a senhora Astiani estar viva hoje", afirmou o Comité Internacional Contra o Apedrejamento. Muito temos que agradecer às manifestacões de países como Estados Unidos, Brasil e menbros da União Europeia.

Em Setembro, resultado da onda de manifestações na Comunidade Interncional, o procurador-geral do Irã, Glolam-Hossein Mohseni-Ejei, informou que a sentença de morte de Sakineh seria modificada de apedrejamento para de enforcamento. Segundo ele, a mudança ocorreu porque a viúva será punida pelo crime de cumplicidade na morte do marido e não por adúltério.


A condenação à morte por apredrejamento (lapidação), consta da lei Islâmica tradicional, com o argumento de que o próprio profeta apedrejou infiéis até a morte. Esta pena é uma prática ancestral no mundo mulçulmano, mas é cada vez menos aplicada devido à opinião Pública.

No Irão, o condenado é enterrado (até à cintura ou até ao peito, conforme seja homem ou mulher) e depois apedrejado por voluntários até a morte. Se o condenado conseguir sair sozinho, livra-se da morte.

Além do Irão, nenhum dos países que aplica a sharia (lei islâmica), como Arábia Saudita, aplicou esta sentença nos últimos anos. A lapidação é legal no Irão, Arábia Saudita, Sudão, Iémen, Emirados Árabes Unidos e em alguns estados da Nigéria, mas nos últimos anos quase não foi aplicada. No Afeganistão, o presidente Hamid Karzai opõe-se a esta pena, mas os talibãs que controlam parte do país ainda aplicam. O mesmo acontece com os islamitas shebab na Somália.

Segundo Mina Ahadi, presidente do Comitê Internacional contra a lapidação, nos últimos 30 anos foram apedrejadas 150 pessoas.

Felizmente, tanto no Irão como em outros locais, levantam-se vozes contra esta prática que, segundo os defensores dos direitos humanos, pune sobretudo mulheres.

Curiosamente, não se toca no assunto desde o dia 4 de Novembro, procurei saber se Sakineh já cumpriu a sentença, mas não encontrei resposta.
Na minha opinião a comunidade internacional não deve esquecer este assunto, é fundamental lutar pelas mulheres e pelos homens que em pleno Sec.XXI sofrem esta barbaridade.


3 comentários:

  1. Eu já li e ouvi imensas coisas acerca deste tema mas nunca me tinha deparado com uma imagem como a segunda que aqui puseste. É verdadeiramente assustador e vergonhoso!
    Este é um exemplo de como as manifestações podem contribuir para mudar as coisas! Tantas vezes se usa como desculpa para nada fazer o facto de nós, pessoas comuns, não termos o poder de mudar a sociedade e o estado das coisas e este caso mostra-nos que isso nem sempre é verdade! E mesmo quando nada se pode fazer, ainda assim cruzar os braços não é uma opção válida!
    É importante que cada um faça a sua voz ser ouvida!
    E, tal como tu disseste, "é fundamental lutar pelas mulheres e pelos homens que em pleno Séc. XXI sofrem esta barbaridade". É importante não esquecermos que também há homens a passar por esta situação, apesar da comunicação social dar mais relevo aos casos que envolvem mulheres.

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  2. De facto, esta punição nojenta só tem comparação com a excisão genital feminina. Como a interpretação da lei islâmica pode ser tão estúpida!

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  3. Tratar um ser humano, seja homem ou mulher, de maneira tão brutal, é uma afronta a sociedade inteira, ocidental e oriental.
    Uma lei destas não tem origem em nenhuma religião, muito menos de Deus, mas sim de pessoas desumanas, perversas e doentes mentais.
    Alice

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