1) As mulheres, em algum momento da sua vida, enfrentam um dilema "será que eu devo largar tudo para ficar com ele?". Já os homens para ficarem com as mulheres nunca precisam de largar nada.
2) As mulheres casadas quando se apaixonam por outro homem, têm de tomar várias decisões, sendo que a primeira é deixar a casa, aliás, o lar e os filhos... eles apenas trocam de vida e não estão a abandonar filho nenhum.
3) Os homens não precisam de escolher entre a profissão e a familia, mas se uma mulher de sucesso casada e com filhos for transferida para Washingtion por dois anos, o marido larga o trabalho ou é ela que vai ter de decidir entre a carreira e o casamento?
4) Se é ele que tem a oportunidade de passar uma temporada num país estrangeiro, a opinião dos amigos é: "Ah que optimo para as crianças vão aprender outra lingua." E quanto a ela que mesmo não tendo um trabalho importantÍssimo está em plena ascenção? "Ora, ora, quando voltar pode começar tudo de novo e enquanto estiver lá fora pode aproveitar vários cursos de história da arte e pintura em porcelana."
5) Eles, quando têm de viajar dois dias de trabalho, limitam-se a pedir que ela faça uma mala básica para levarem. Já as mulheres têm de deixar a casa organizada e os/as filhos/as com alguém, que nunca é o marido/pai.
Dedico estas constatações sobre as desigualdades de género, a todas as pessoas com quem falo diáriamente sobre a igualdade de género (homens e mulheres) e que afirmam com convicção de que esta já existe... Na esperança de que funcione como "alimento para o pensamento" e de que dediquem algum tempo a pensar sobre o assunto.
Presumo que querias dizer "afirmam com convicção de que esta já não existe"...
ResponderEliminarO que pretendo dizer é que as pessoas pensam que existe igualdade de género sem se aperceberem de que esta "consciência" colectiva é construida, por isso mesmo, dificilmente é posta em causa... Recomendo o livro de Bourdieu "Dominação Masculina", do qual deixo apenas a seguinte citação: "A violência simbólica institui-se por intermédio da adesão que o dominado não pode deixar de conceder ao dominante (à dominação) quando não dispõe, para o pensar e para se pensar ou, melhor, para pensar a sua relação com ele, senão de instrumentos de conhecimento que tem com ele em comum e que, não sendo mais que a forma incorporada da relação de dominação, fazem com que a relação em causa seja natural..."
ResponderEliminarTens toda a razão, eu é que fiz um interpretação errónea, li desigualdade onde está igualdade...
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